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MAIO 2008

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ENTREVISTA

Everaldo Alves, PgMP, PMP participou não do piloto, mas sim do exame real. O primeiro associado ao PMI São Paulo a obter a credencial PgMP fala com exclusividade para a e-News sobre a sua experiência.

  1. Qual a sua expectativa quando fez o exame para PgMP? O exame foi muito difícil?
    Minha expectativa era a de alcançar um nível mais alto na minha carreira, atestando meus conhecimentos e experiências em gestão de programas. Também, ampliar minhas certificações em gestão de programas e projetos para poder utilizar estes conhecimentos no setor acadêmico. O exame foi bastante difícil, além do esperado. As questões são muito bem elaboradas, sempre tratando aspectos situacionais que testam a experiência de um gerente de programas na prática.

  2. Essa expectativa se realizou?
    Sim. Pude perceber o quão alinhado meus conhecimentos estão aos padrões internacionais estabelecidos pelo PMI, ou seja, com as melhores práticas de mercado.

  3. Qual o efeito ou as atitudes de seus pares ou pessoas de seu relacionamento profissional sobre você ser PgMP?
    O resultado foi bastante positivo. Meus pares e as equipes com quem atuo, no Brasil, México, Argentina e Estados Unidos ficaram muito impressionados com o resultado, uma vez que eu fui o primeiro na EDS América Latina a obter a certificação. O reconhecimento foi uma surpresa. Os gerentes de projeto da minha equipe ficaram muito felizes e orgulhosos com o resultado. Fui cumprimentado pessoalmente pelo nosso executivo Tim Cardoso, líder da EDS na América Latina Sul (Brasil, Argentina e Chile) e Sergio Guillen, nosso executivo líder na América Latina.

  4. O que você poderia dizer sobre esta certificação? Em que sentido ela é importante para você?
    Eu acredito que através do conhecimento pode-se elevar o "nível do jogo". Com isto quero dizer que, através do aperfeiçoamento pode-se entregar resultados profissionais cada vez mais superiores. Acreditando nisto, me sinto hoje melhor credenciado, reconhecido e pronto para aplicar mais e mais os conceitos que aprendi em minha carreira. Desta vez com base nas melhores práticas apontadas pelo PMI.

  5. Você incentivaria outros profissionais a obtê-la? Por quê?
    Sim, sem dúvidas ou pensar duas vezes. É importante que todos os profissionais de gestão de programas e projetos estejam atentos à educação continuada e às certificações oferecidas por institutos de crédito no mercado. O PMI, sem dúvidas, é o primeiro da lista de instituições de gerenciamento de projetos a ser mundialmente seguido.

  6. Você atua como GP de programas ou de portifólio?
    Sou gerente de programas, atuando para contratos off-shore entre o Brasil e Estados Unidos. Tenho uma equipe de cerca de 30 gerentes de projetos off-shore para projetos de infra-estrutura de telecomunicações e redes.

  7. Você utiliza o PMBOK? Em que medida? Na sua empresa existe um PMO?
    Sim, utilizo o PMBOK. Tanto na EDS através de metodologias 100% baseadas nas melhores práticas de mercado (PMBOK) quanto na área acadêmica, na Universidade Mackenzie, onde sou professor convidado no curso de pós-graduação em TI/Análise de Sistemas e co-idealizador da pós-graduação em Gestão de Projetos. Na EDS existe sim um PMO na organização onde atuo, que responde à nossa Diretora de Programas e Projetos, Ivani Rodrigues. Existe ainda um PMO nos EUA para onde respondo matricialmente dentro das operações de off-shore. A EDS acredita e aplica as melhores práticas de gestão de programas e projetos.

  8. Megaprojetos demandam GPs e muita técnica. Você acredita que esta certificação seja importante na gestão de megaprojetos?
    Sim, mais do que em qualquer outro tipo de atuação em projetos, devido ao peso destes megaprojetos nas empresas e comunidades afetadas. O Brasil é um celeiro de megaprojetos, especialmente nos setores primários, governamental e de infra-estrutura.

  9. É comum dizer que os gerentes de programas precisam ser muito bons em liderança e em técnicas de negociação. Qual é a sua opinião? Alguma outra função que queira destacar seja muito importante?
    Os gerentes de programas precisam entender do negócio de sua empresa e de seus clientes. É preciso falar a "língua" ou o "idioma" do cliente. A estratégia vem do cliente e gerenciar programas diz respeito a gerenciar benefícios à estratégia de nossos clientes. Assim, é preciso ser mais que um líder, é preciso ser um bom líder, que saiba ouvir, negociar e agir de forma pro-ativa. É preciso estar à frente do jogo e dominar aspectos de governança, gerenciamento de expectativas (são muitas as partes envolvidades e bem diferentes as suas expectativas) e ser capaz de demonstrar os ganhos que o programa trará ao cliente e stakeholders em geral.

  10. Como você vê atualmente o mercado mercado de trabalho e as oportunidades para portadores desta certificação? No Brasil e no exterior?
    Assim como a partir de 2000 os PMPs começaram a experimentar um boom em vagas e no crescimento de suas carreiras, acredito que os próximos 5 anos serão decisivos aos novos PgMPs. Eu mal posso esperar para presenciar e participar desta fase tão promissora liderada pelas iniciativas do PMI.

  11. Como você vê a atuação de um GP na área privada? E na área estatal?
    Ambos setores no Brasil valorizam muito a atuação de GP. No setor estatal, os conceitos são amplamente empregados já desde o governo do presidente Fernando Henrique e seguem hoje no governo do Lula. No setor privado, o tema é largamente utilizado nas indústrias de TI, manufatura, farmacêutica, financeira e construção civil, além do emprego nos setores mais em destaque, como o de energia e mineração. Não há mais como seguir sem a aplicação de Gestão de Programas e Projetos. As técnicas permitem às empresas, governo e instituições, terem o real controle sobre o que seus projetos trazem de resultados e se devem ou não continuar sendo perseguidos.

  12. Você vê perspectivas de GPs atuarem em grandes projetos nacionais (como o de transposição do Rio São Francisco)? Melhoraria o resultado final?
    Sem dúvidas. Temos diversos exemplos recentes onde GPs fizeram a diferença. O Pan de 2007 no Rio de Janeiro é o mais recente exemplo. Além deste exemplo, eu diria que programas governamentais e empresariais de responsabilidade social e de desenvolvimento auto-sustentável encabeçam a lista dos que mais utilizam os conceitos de GP do PMI.

  13. No Brasil, atualmente, costuma se dizer que existe uma verdadeira ausência de gestão profissional em determinadas áreas, inclusive em grandes projetos, programas e megaprojetos, gerando, inclusive, perdas Não se pode banalizar a profissão. Acredito que, após o boom da carreira, hoje os profissionais procuram atualização e desenvolvimento para melhorarem seus resultados e carreira. As empresas, neste sentido, exercem uma forte influência através de medição de nível de serviço (SLA's) de entrega de projeto, revisões 360 graus de desempenho e pay-for-performance. Academicamente, o PMI segue credenciando cursos de graduação, pós-graduação ou atualização, elevando o nível dos cursos oferecidos no mercado. As empresas e seus profissionais hoje contam com grupos de gestão do conhecimento liderados pelo PMI através dos SIGs ou Grupos de Interesse.

  14. Algum ponto que você gostaria de colocar? Qual?
    Eu recomendo que os profissionais que procuram o desenvolvimento na carreira de GP se preparem fortemente para esta certificação. De que forma? Avaliando seu dia-a-dia profissional e aplicando os conceitos de gestão de programas. O foco deve ser em liderança responsável, ética, segundo conceitos amplamente divulgados do PMI. Os resultados serão positivos a todos.

  15. Algum comentário para o PMI?
    Parabéns ao PMI por ter lançado esta certificação PgMP. Ela será o alicerce na consolidação da gestão de programas no mercado.

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